Por Adriana Schmorak Leijnse

Isidora Gajic é uma artista visual, nascida em 1988 em Belgrado, Sérvia. Isidora morou na Hungria, Suíça e Holanda antes de se mudar para Araras, região montanhosa do Rio de Janeiro, onde vive até hoje.
Trabalhou na World Press Photo, como gerente de produção criativa e arquivista dos fotógrafos Paul Blanka e Miguel Rio Branco.
Isidora expôs no Brasil, em locais como o SESC de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Também na Holanda, Sérvia e Letônia. Alguns dos prêmios que recebeu incluem o "Talento Holandês 2012". Do mesmo modo, participou em residências como o ISSP, na Letónia, em 2012 e Miguel Rio Branco, no Brasil (2014).
Participou com sua colagem fotográfica “Havana Taxi, blues” (2016) no estande da galeria Silvia Cintra + Box 4, durante a feira ArtRio 2021.
Por que você escolheu Havana para sua série de fotos de 2016?

Havana sempre me chamou a atenção por sua música e história. Achei que fosse a última chance de visitar antes das grandes mudanças. E, de fato, foi tanto assim que um mês depois de minha chegada, Fidel Castro morreu.

Qual é a relação entre táxis "antigos" em Havana e sua ideia de tempo?

A ideia de tempo com os táxis era especificamente o caso dos carros antigos: Chevrolet, Ford, Cadillac, Dodge, Buick e Chrysler. Mas não só, a dignidade das pessoas também me encantou. Encontrei um povo forte, pronto para uma mudança global e abertura. Portanto, 2016 foi um ano de grandes mudanças em Havana. Usando retratos de pessoas em carros antigos como uma metáfora. Os carros que passavam dirigiam no tempo.

Existe uma ligação entre o significado de "blues" em inglês no título e as fotos dos táxis azuis?

Sim, pode realmente ser várias coisas. A música, o blues, as emoções, mas também a cor dos carros.

Em que tópico você está trabalhando atualmente?

Agora estou trabalhando em uma série de estampas de seda. A partir de várias imagens que fiz da natureza, sobre relações poéticas entre o feminino e a natureza.
Fotos de aranhas, teias de aranha, águas, mulheres grávidas, polvos, águas-vivas. Em seguida, imprimo em seda em formatos maiores.
É um trabalho que venho fazendo há anos, mas a impressão em seda começou durante a pandemia.

Você já tem exposições agendadas?
Todas as exposições foram adiadas devido à pandemia. Minha última exposição foi na Galeria Silvia Cintra em 2020, pouco antes da pandemia. E participei em 2021 de uma exposição coletiva em Belgrado, na Sérvia, no Pavillon des arts Cvijeta Zuzoric.