Locais
Quanto aos locais de filmagem, a ideia de Cuarón era a de uma recriação completa e exaustiva do interior de sua terra natal e dos arredores do México nos anos 70. O diretor de arte de "Roma" é Eugenio Caballero, vencedor do Oscar de Melhor Direção de Arte por "O Labirinto do Fauno" (Guillermo del Toro, 2006).
A casa da família estava originalmente localizada no número 21 da rua Tepeji, um prédio construído na década de 1930, mas por ter sido tão modificado, tornou-se impossível filmar lá. Então a equipe de produção encontrou uma casa semelhante, que estava desocupada, no bairro de Narvarte, e lá eles puderam filmar confortavelmente. As cenas externas, nas quais podemos ver as fachadas, foram feitas na rua Tepeji, mas nas casas vizinhas com números diferentes. Além disso, alguns edifícios que desabaram durante o terremoto de 1985 no México foram adicionados por meio de efeitos visuais.
Para recriar como era a casa da família Cuarón, Eugenio Caballero seguiu as memórias do próprio diretor e algumas fotografias de família. Para os interiores, 80% dos móveis que a família ainda possuía foram integrados, e móveis e objetos foram pesquisados ​​em cinco estados do México e entre a própria produção.
A garagem vista no filme teve que ser recriada no estilo da época e para isso um artesão colocou os mosaicos do pátio e do banheiro com a mesma técnica usada na época.
Dadas as mudanças na aparência da capital mexicana, a produção precisou construir um grande cenário para recriar a viagem da família ao antigo cinema Las Américas e a cena em que Sofía leva Cleo ao hospital. Em um espaço ao norte da capital mexicana, foi criado um set de filmagem que reproduziu duas quadras e meia da cidade, incluindo acesso ao Cine Las Américas, asfalto, calçadas, móveis e veículos das décadas de XNUMX e XNUMX. Os fundos foram adicionados com a técnica de chroma key. A equipe de efeitos visuais fez uma reconstrução meticulosa do cenário do período, adicionando prédios, outdoors fluorescentes e até mesmo a mesma perspectiva de fundo da avenida.
A filmagem do Massacre de Quinta-feira de Corpus foi realizada com dezenas de figurantes no local exato onde ocorreram os fatos, na estrada México-Tacuba e nas ruas Tláloc e Lauro Aguirre. Para isso, foi utilizada uma investigação documental que incluiu jornais da época e depoimentos de sobreviventes. A área ficou completamente fechada por dois dias, após os quais a produção pediu desculpas à população pelo transtorno causado.

Efeitos sonoros e músicas
Era importante para Cuarón que alguns dos sons que ele lembrava do México de sua infância na década de XNUMX fossem gravados e mixados fielmente. Para isso, contratou Sergio Díaz, que incluiu sons incidentais da paisagem sonora da época. Esses sons incluíam:

  • O grito dos vendedores de mel de colmeia
  • O shawm ou apito do apontador
  • A campainha com a qual foi anunciada a passagem do caminhão de lixo
  • O som do apito do vapor dos carrinhos de batata-doce e banana
  • Os gritos dos vendedores ambulantes
  • O som da vassoura varrendo a calçada
  • O som da água lavando o pátio da casa
  • O som das bandas militares
  • Da mesma forma, foram incluídos sons de rádio, como jingles e anúncios de rádio antigos veiculados pela Rádio Variedades, Rádio Éxitos e La Pantera.

No filme, além disso, as seguintes músicas foram incluídas:

  • Eu prometi a você", Leo Dan, 1969
  • "Mais bonita que qualquer", Rocío Durcal, 1965
  • Não tenho dinheiro", Juan Gabriel, 1971
  • "Little Black Angels", The Green Cakes, 1974
  • "O navio do esquecimento", José José, 1970
  • "Obrigado", Rigo Tovar, 1972
  • "O Andarilho", Álvaro Carrillo
  • "O pachuco dançante", orquestra Dámaso Pérez Prado, 1978
  • "Sombras", Javier Solis, 1965
  • "Veronica", Victor Yturbe "El Lollipop"
  • "Rio Amarelo", Christie, 1970
  • Eu não sei como amá-lo, Yvone Elliman, 1970
  • "Coração de Melão", orquestra de Dámaso Pérez Prado
  • "Olhos de Pancha", trio Chicontepec
  • Mammy Blue, Roger Whittaker, 1971
  • "Lamento Borincano", Daniel Santos, 1978
  • "O amante que eu sonhei", The Earthlings, 1972
  • "Você me diz que vai embora", Carmela e Rafael
  • "Aqueles eram os dias", Ray Coniff
  • "Querida", O Bebê
  • "As Isabeles", Luis Pérez Meza, 1949
  • "O belo índio", Luis Pérez Meza
  • "Zacazonapan", Band Dragons of Zacatepec
  • "A Casa do Sol Nascente", Javier Bátiz
  • "Cidade Perdida", A Revolução de Emiliano Zapata, 1971
  • "Vamos (e vamos)", As pequenas pérolas
  • "Vamos conversar", Os parceiros de ritmo, 1971
  • "Meu coração é um cigano", Lupita D'Alessio, 1971
  • "Quando me apaixono", Angélica Maria, 1968
  • "Mar e espuma", tropical Acapulco
  • "A sogra", The Strwch, 1970

Adriana Schmorak Leijnse

Bibliografia
"The Malinche" na Wikipédia
"Roma Cidade Aberta" na Wikipédia
Stroza, Pablo. "Roma. Por que o filme da Netflix deve ser visto no cinema". Publicado em Jornalismo de Fronteira, 12 de dezembro de 2018.
"'Roma', o retrato do México de 1970, chega a Veneza", no Millennium, publicado em 30 de agosto de 2018
"Roma, da Netflix: cinco perguntas para entender ou aclamado filme de Alfonso Cuarón", BBC News Brasil, 19 de dezembro de 2018.
ROVAR, Eric. "Nostalgia e Misticismo Viking em 'Roma' de Cuarón" em Hidden Cinema, 29 de dezembro de 2018
"Roma (filme de 2018)" na Wikipédia
"Luis Echeverría Alvarez" na Wikipédia
"Gustavo Diaz Ordaz" na Wikipédia

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