Feira de Arte do Rio de Janeiro
Marina da Glória, Rio de Janeiro
De 8 a 12 de setembro de 2021
Página Web: artrio.com
Instagram: @artrio_art
Facebook: @feiraartrio Youtube: www.youtube.com/c/ArtRioFeira
Linkedin: www.linkedin.com/company/feira-artrio/
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Por Adriana Schmorak Leijnse

Em 2021, entre os dias 8 e 12 de setembro, a ArtRio chegou à sua 11ª edição, dando continuidade ao modelo feito no ano passado, a feira teve sua forma presencial, na Marina da Glória, e também um formato virtual dentro da plataforma ArtRio.com. Participaram mais de 60 galerias e 16 instituições ligadas à Arte. A ArtRio tem um forte compromisso com a divulgação da arte brasileira, da obra de galerias e artistas. Ao longo do último ano,
Atuou incessantemente na comunicação de notícias relacionadas ao mundo da arte, com a produção de ricos conteúdos veiculados em seu site, cobertura de eventos como mostras e mostras, e forte atuação nas redes sociais.

"Ter eventos presenciais é extremamente importante neste segmento, onde valorizamos muito ver a obra de perto, conversar com o artista e estimular diferentes emoções. Ao mesmo tempo, foi um período em que entendemos melhor o escopo, a dimensão e as inúmeras possibilidades da performance digital. O Art Rio online recebeu em uma semana, em 2021, mais de 300 mil page-views, incluindo visitantes dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha e Portugal. Foi possível até ter uma extensa agenda de debates e visitas guiadas online”, Afirma Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

A comissão curatorial, composta pelos galeristas Alexandre Roesler (Galeria Nara Roesler), Antonia Bergamin (ex-diretora da Galeria Bergamin & Gomide), Filipe Masini e Eduardo Masini (Galeria Athena), Gustavo Rebello (Gustavo Rebello Arte), e Juliana Cintra (Silvia Cintra + Box 4), selecionou as galerias participantes do evento 2021. Essas galerias, por sua vez, foram divididas em dois programas: 

panorama, onde participaram galerias com atuação consolidada no mercado de arte moderna e contemporânea.
vista: programa dedicado a galerias jovens, com até 10 anos de existência, com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira.

Para o evento presencial, que ocupa o pavilhão principal da Marina da Glória, a ArtRio seguiu todos os protocolos de segurança indicados pelos órgãos competentes, incluindo a obrigatoriedade do uso de máscara, a disponibilidade de álcool gel e o distanciamento social.  
O número de visitantes também foi limitado, com indicação do horário de entrada e de permanência.

O Varanda Art Rio, que fica na área externa da Marina da Glória, com uma vista incrível da Baía de Guanabara e do Pão de Açúcar, é um prédio diferente construído especialmente para a ocasião, mas que foi desmontado após o encerramento do evento. .
Este espaço recebeu as galerias do programa SOLO, uma seleção de artistas para a apresentação de projetos individuais especiais. Em 2021, oito artistas participaram do programa e tiveram suas obras expostas no espaço Varanda Art Rio. Entre eles podemos citar: Alessandra Rehder, Nathalie Cohen, Alexandre Mazza, Evandro Soares, Osvaldo Gaia, etc.

MIRA
Em 2021 a Art Rio realiza a 5ª edição do programa MIRA, dedicado à videoarte. Com curadoria de Víctor Gorgulho, o programa exibiu obras audiovisuais de artistas jovens e consagrados de várias gerações.
"Se entre as décadas de 1960 e 1980 as novas mídias de gravação de vídeo operaram uma verdadeira revolução no campo da arte, hoje a produção de imagens se dá em um mundo saturado por elas, cercado de estímulos de toda espécie, acionados por telas de tamanhos cada vez mais estonteantes e resoluções”, Indicado Víctor Gorgulho  

Instituições:
Seguindo seu compromisso de valorizar a arte brasileira e latino-americana, e também de estimular a acessibilidade à arte, a Art Rio cedeu espaço para importantes instituições apresentarem seus trabalhos. Entre eles: MAM Rio, EAV, Funarj, MT Proyectos de Arte, Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, etc.  

Arte Rio Online:
A plataforma online do Art Rio veicula toda a agenda de conferências e palestras entre artistas e curadores, além de visitas guiadas a acervos e oficinas. Também foi possível fazer uma visita virtual aos estandes das galerias participantes, ver a seleção das obras e falar diretamente com os galeristas.  

A seguir, listaremos nossos artistas favoritos, as galerias que exibiram seus trabalhos e uma breve descrição de suas carreiras.  

Luiz escañuela
São Caetano do Sul, SP, 1993
Obra: Saturnália das Mercadorias, 2021
Óleo sobre tela, 195 x 384 cm

Galeria Maluf, São Paulo, Brasil
Desde os 6 anos, Luiz Escañuela faz desenhos de observação e dinâmica de cores. Formou-se em Design Gráfico e concebeu sua primeira série de trabalhos de autoria aos 20 anos, quando começou a estudar artes visuais. Nos seus estudos, Escañuela aprofundou-se nas teorias da arte contemporânea, desenvolvendo uma linha de investigação onde passou a utilizar a sua técnica a favor das narrativas conceptuais.
A partir daí, seu trabalho teve como principal diretriz a meticulosidade da técnica do óleo hiper-realista, aliada à experimentação teórica da representação anatômica, inserindo-a em novos contextos e lugares.
A artista utiliza a representação como instrumento que converge com a iconografia brasileira, para o desenvolvimento de novas narrativas visuais e conceituais. Ao praticar a técnica hiper-realista aliada aos temas da denúncia, consegue que ambos se encontrem a partir do fascínio e da reflexão que a pintura figurativa ainda desperta nas pessoas.
Seu trabalho propõe a concepção do ser humano como espécie e ser social, buscando as propriedades da pele e do corpo em justaposição a temas históricos, iconográficos e cartográficos brasileiros. Para Escañuela, o artista precisa estar atento às questões de seu tempo, ao investigar a produção de outros tempos, analisando as possibilidades de propor o novo e o disruptivo.
Em “Saturnália das Commodities”, Luiz Escañuela consegue fazer coexistir a representação das festas orgiásticas romanas com cortes de carne que mancham de vermelho um universo rachado e sangrento. Coloque esses objetos em relação ao título, com a ideia de commodities, que nada mais são do que mercadorias, geralmente matérias-primas como carne e grãos, mas também metais como ouro, ferro e cobre, que servem de base para a indústria global.
Os cortes de carne pendurados em ganchos de açougueiro estão simbolicamente ligados, pela cor vermelho-sangue, à esfera do mundo, como se o universo do qual fazemos parte também estivesse sendo picado para comercialização.
Por sua vez, os objetos da área esquerda da pintura estão conceitualmente ligados aos corpos humanos fundidos no Saturnal do setor oposto. A carne humana acaba se tornando, da mesma forma, uma matéria-prima funcional para o sistema industrial e comercial. As figuras de mármore, esculturas romanas cobertas de neve, agora parecem manchadas de vermelho e participam da orgia como se fossem indivíduos de carne e osso.
Não menos importante é a forma como o artista relaciona conceitualmente o Império Romano com a organização político-econômica do mundo atual, igualmente decadente, e o faz de forma crítica e irônica.  

Flávia Junqueira
São Paulo, 1985
Obra: Engenho de Piracicaba # 1, 2021
Pigmento mineral em papel de algodão, 150 x 206 cm

Galeria Zipper, São Paulo
Flávia Junqueira trabalha principalmente com fotografia. O universo visual da infância e a construção de um imaginário sobre essa primeira etapa da vida permeiam a obra da artista desde o início de sua produção.
Aliás, na fotografia apresentada na ArtRio 2021, vemos no centro da cena um balão de ar quente que chama a atenção pelo espaço que ocupa e pela variedade de cores saturadas que exibe, muito utilizado em contos, desenhos animados e filmes infantis. e até em brinquedos.
O balão de ar quente nos lembra de alguma forma a história infantil "O Mágico de Oz" de Lyman Frank Baum e os romances de Júlio Verne: "Cinco Semanas em um Balão" e "A Ilha Misteriosa". Esse balão multicolorido vem acompanhado de dezenas de bolhas de sabão, uma brincadeira muito comum entre as crianças, mas que também poderia ser uma alusão à bolha do luxo em que nos encontramos em meio à pobreza geral.
Além disso, na fotografia de Junqueira, chama a atenção a ausência de figuras humanas e o facto de o balão permanecer estacionado num espaço enorme e enclausurado, cujas paredes em ruínas ameaçam desmoronar.
Esse espaço vazio é a Usina Central de Piracicaba, construída pelo Barão de Rezende em 1881 para a industrialização do açúcar, matéria-prima fundamental para a economia brasileira. Em 1974 foi desativado definitivamente e em 1989 foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade. A usina sofreu um grave incêndio em setembro de 2019. Atualmente está em desuso e em estado de degradação, como pode ser visto na foto.
Luísa Duarte aponta no seu artigo "Sobre a obra de Flávia Junqueira" que "Se, à primeira vista, as obras de Junqueira podem parecer sedutoras ao olhar adocicado do homem contemporâneo, basta uma demora um pouco mais longa para perceber que a superfície engana. O que surge atraente e evoca alegria, nas entrelinhas, revela uma carência de afeto e de humanidade (...) há sempre indícios de que em meio à cor pulsante e aos ícones familiares há algo insidioso pronto para fazer tudo desmoronar.”(1)
Assim, fotografia Engenho de Piracicaba # 1, alude criticamente à nossa situação atual, uma época em que o prazer visual e a posse de objetos luxuosos, luminosos e coloridos coexistem em um pano de fundo em ruínas, solitário e vazio da humanidade. Ao mesmo tempo, uma imagem virtual que chega até nós por meio de filmes e histórias infantis, cheia de cor e ingenuidade, diante de uma realidade imperfeita e sem sentido.
As obras de Junqueira fazem parte do acervo de importantes museus e centros de arte como MAM-SP, MIS-SP, MABFAAP, Museu de Itamaraty, Estação RedBull, Banco Mundial e Instituto Figueiredo Ferraz.  

Bosco Sodi
Cidade do México, 1970
Mora e trabalha em nova iorque
Trabalho: Sem título, 2016/2021
Esmalte cerâmico em pedra vulcânica

Galeria Luciana Brito, São Paulo Bosco
Sodi é conhecido por suas pinturas em grande escala de ricas texturas e cores vivas. Ele deixa muitas de suas obras sem título, com o intuito de eliminar qualquer predisposição ou conexão além do contato imediato do observador com a obra. As influências de Sodi variam da arte informal de artistas como Antoni Tàpies e Jean Dubuffet, a mestres coloridos como Wilhem de Kooning, Mark Rothko e os tons brilhantes de sua própria herança latino-americana.
A pesquisa de Bosco Sodi se destaca pela simplicidade dos materiais de origem natural, como pigmentos, serragem, fibras, madeira, terra, etc. A combinação destes elementos com os gestos da sua produção, conferem um carácter excepcional a cada obra que, segundo o artista, “torna impossível a sua replicação”, para além de estabelecer uma ligação especial entre arte e natureza.
Nos últimos sete anos, seu interesse tem se concentrado cada vez mais nas rochas vulcânicas. Em entrevista ao jornal mexicano La Jornada em maio de 2013, Sodi destaca: “Gosto muito da ideia de uma pedra que sai da lava e é reaquecida a altas temperaturas. Desde o início quis usar as pedras como uma tela, uma tela tridimensional, mas quis incorporar o conceito de acaso e de inesperado. E se existe tal material, é o esmalte cerâmico: em primeiro lugar, não tem cor na hora de aplicar, então você tem que imaginar as cores, os contrastes e o resultado. Em segundo lugar, quando é colocado no forno, as cores se fundem e se misturam, portanto, o acaso e as temperaturas influenciam muito(2)
Posteriormente, ele ressalta que se interessa por três características que as rochas possuem: “a energia das rochas, a passagem do tempo e a influência do clima que fez a lava se transformar nessas rochas e depois o acidente que resulta de pintá-las . "
Em “Sem título” (2016/2021), Sodi propõe uma reflexão sobre o consumo desenfreado, característico do nosso capitalismo contemporâneo. Nas prateleiras estão colocadas várias pedras vulcânicas folheadas a ouro, alusivas tanto à histórica exploração do ouro como recurso natural, como ao seu valor de mercado, pureza e perfeição.
Entre suas exposições individuais estão: Museu de Arte Contemporânea da University of South Florida, Tampa, EUA (2021), CAC Málaga, Espanha (2020), Royal Society of Sculptors, Londres, Inglaterra (2019); Museo Barracco di Scultura Antica, Roma (2019), Instituto Cultural Mexicano, Washington DC, EUA, 2019, Museo Nacional de Arte, México (2017), Museo del Bronx, Nova York (2010).
Exposições coletivas: Harbor Arts Sculpture Park, Hong Kong (2018), The Museum of Modern Art, Gunma, Japão (2017) e Museo Espacio, México (2016), etc.
O trabalho de Bosco Sodi também faz parte de importantes coleções como JUMEX Collection (México), Harvard Art Museums (EUA), Museum of Contemporary Art San Diego (EUA), New Orleans Museum of Art (EUA), The Scottish National Gallery of Art ( Escócia), Walker Art Center (EUA), etc.  

Isidora gajic
Belgrado, Sérvia, 1988
Trabalho: Havana Taxi, blues. 2016
Fotografia, 60 x 120 cm
Galeria Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro

Isidora Gajic busca transformar sentimentos e relações em suas fotografias, usando as imagens como uma forma de poesia visual que mistura ficção e realidade. A artista explora temas como: energia feminina, cultura, humores, contos de fadas e tempo. Ela cria livros artesanais artesanais, colagens e diálogos visuais multimídia feitos com fotografias.
Em 2016, Isidora fotografou retratos de cubanos se movendo em carros antigos. Essas imagens representam uma época típica de Havana, parada no passado, na época a que pertencem esses carros.
As janelas dos veículos servem como molduras para retratos de locais, e a colagem finalizada é dividida em dois grupos de seis fotografias justapostas. Cada grupo tem seu próprio quadro e cada instantâneo parece ser a imagem espelhada do próximo.
Os veículos antigos de diferentes tons de azul oferecem o serviço de deslocamento de táxi pela cidade de Havana. Porém, em “Havana Taxi, blues”, esses veículos parecem não estar se movendo, pelo contrário, dão a impressão de estar parados e até cortados, tanto na parte traseira quanto na dianteira.
Os carros de “Havana Taxi, blues” são estruturas atemporais, mecânicas e coloridas que servem como testemunho de tempos passados, uns se inserindo uns nos outros, impedindo mutuamente a circulação. Além disso, o termo inglês "blues" se refere à cor azul dos corpos, mas também ao gênero musical nascido na comunidade afro-americana no sul dos Estados Unidos e a um estado de espírito caracterizado pela tristeza ou melancolia.
Isidora expôs no Brasil, em locais como o SESC de Petrópolis, RJ (mostra coletiva). Também na Holanda, Sérvia e Letônia. Alguns dos prêmios que recebeu incluem o “Talento holandês 2012” (Talento holandês 2012). Do mesmo modo, participou em residências como o ISSP, na Letónia, em 2012 e Miguel Rio Branco, no Brasil (2014).  

Georgia kyriakakis
Ilhéus, Bahia, 1961
Trabalho: West 2, 2014
Tríptico de foto-objeto: fotografias e molduras de madeira
53 x 120 x 10 cm
Galeria Clima, Brasília DF Geórgia

Kyriakakis é formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Possui mestrado e doutorado em artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
A artista baiana iniciou sua carreira artística, no final da década de 80, como desenhista e a partir daí começou a desenvolver esculturas, instalações, objetos, vídeos e fotografias. A sua produção é marcada pela utilização de vários suportes e pela experimentação dos limites da resistência, fragilidade, instabilidade e permanência das coisas.
Seu interesse por materiais e processos naturais a leva a trabalhar com fogo, vidro, papel, madeira e cerâmica. Por meio de processos de combustão, suspensão e tensão, Geórgia transforma a materialidade ou natureza dos objetos para criar o que chama de “situações de fronteira”. É quando a obra se depara com a iminência de sua desintegração.
As referências utilizadas para a criação de suas obras são viagens e passeios, concebidos como expedições, e partem sempre de abordagens poético-visuais da geografia em seus múltiplos aspectos. São paisagens, topografia, fenômenos climáticos, mapas geopolíticos e eventos naturais, como processos constantes e muitas vezes imperceptíveis de colapso, sedimentação e erosão.
Suas fotografias são emolduradas de forma a acompanhar o tema da imagem. Assim, Geórgia joga com as relações entre a materialidade do mundo e a virtualidade da imagem, e projeta suas obras em um território em que a natureza se conceitua.
Geórgia expõe desde 1986 seus trabalhos em mostras coletivas e individuais, dentro e fora do Brasil, tendo recebido diversos prêmios, dos quais vale destacar: Prêmio Iguatemi / SPArte / DF; o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea; Saco Vitae; O Artista Pesquisador / MAC / Niterói; Projeto Brasileiro / Centro Europeu de Obras Cerâmicas / Holanda; Salão Nacional, entre outras distinções.
Suas obras fazem parte do acervo de importantes acervos particulares, museus e instituições públicas, como: Museu de Arte do Brasil, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte de Brasília, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu de Arte Contemporânea de Paraná, Palácio Municipal de Santo André, Museu Nacional / DF, SESC / Serviço Social do Comércio.
A artista vive e trabalha em São Paulo e é representada pelas Galerias Clima de Brasília e Raquel Arnaud de São Paulo.  

Iván Navarro
Santiago, Chile, 1972
Vive e trabalha em Nova York, Estados Unidos
Obras: Ipanema (verde) e Chimney (laranja), 2020
Néon, madeira de tamarindo, espelho e energia elétrica
172 x 87,7 x 23 cm

Galeria Luciana Brito, São Paulo Iván Navarro é um escultor conceitual chileno. Para criar as suas obras utiliza néons, espelhos e fenómenos ópticos, com os quais transmite ideias complexas, geralmente de carácter pedagógico ou com carga ideológica. Suas esculturas e instalações minimalistas são muitas vezes orientadas para uma aguda crítica social e política, que tem sua origem na história pessoal do artista, nascido durante a ditadura militar de Augusto Pinochet, nos anos 1970.
Suas memórias de infância moldam a escolha de seus temas, especificamente a eletricidade, que tem sido usada como ferramenta de tortura, execução e domínio político no Chile. O ditador Pinochet também adotou práticas como cortes frequentes no fornecimento de energia elétrica, como forma de promover o isolamento e a subordinação da população.
Tanto “Ipanema (verde)” como “Chimney (laranja)” são obras que atraem o público a partir da combinação de elementos que questionam a sua percepção. Por um lado, do ponto de vista formalista, suas obras são cuidadosamente construídas, tendo a luz como principal suporte, por outro, essas luzes coloridas despertam uma espécie de fascínio no espectador.
Nessas duas obras apresentadas na ArtRio 2021, Navarro criou espaços ilusórios, onde o jogo de perspectiva provoca infinitos campos virtuais. Ao mesmo tempo, as cores utilizadas despertam sensações diferentes: de calma e vontade de atravessar o portal, como se fosse uma selva, em "Ipanema (verde)", de medo de cair em uma espécie de radiador halógeno, que liga o superfície com o centro da Terra, em "Chaminé (laranja)"
O trabalho do artista chileno atraiu atenção internacional, o que lhe valeu a participação em inúmeras exposições, incluindo no Museu Guggenheim e na Galeria Paul Kasmin em Nova York, na Galeria Egeran em Istambul, na Galeria Daniel Templon em Paris, no centro de exposições Farol Santander , São Paulo (2020), Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Rio de Janeiro (2019), Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires (2019), Museu Nacional de Belas Artes, Santiago, Chile (2015), etc.  

Débora Engel
Palo Alto, EUA, 1977
Vertigem nº 4, 2021
Menos de 15 litros - 110 x 100 cm

Galeria Portas Vilaseca, Rio de Janeiro Deborah Engel propõe em sua pesquisa uma reinvenção do olhar, tendo como interesse questões relacionadas à fotografia expandida, à experimentação de perspectiva e enquadramento e arte cinética.
Assim, amplia a função da fotografia como mero registro representativo da realidade e afirma uma nova função da imagem fotográfica na arte contemporânea, a partir da qual o espectador pode ser convidado a questionar o meio em que vive.
O artista consegue produzir no espectador a ilusão de contemplar um alto-relevo ou um baixo-relevo, em um espaço onde só existem imagens 2D. Essa ilusão de ótica, alcançada pela sobreposição de imagens planas de diferentes tamanhos, é uma nova experiência que altera nossa percepção do mundo.
Ao sobrepor fotos de edifícios modernos, com suas janelas e revestimentos coloridos dispostos ritmicamente do maior ao menor, Deborah cria a ilusão de um plano aéreo cuja referência poderíamos interpretar como um arranha-céu repetido ao infinito, talvez aludindo à vertigem de viver nas grandes cidades .
Deborah Engel realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Dentre os grupos, destacam-se: “Monumento em Miniatura”, ABC do Rio (NY); "Em Busca do Território", Centre D'Art Santa Mónica, (Barcelona, ​​Espanha); “Frestas, Trienal de Arte Contemporânea Sorocaba”, SESC Sorocaba (Sorocaba, SP); “XVI e XIX Bienais de Cerveira” (Vila Nova de Cerveira, Portugal); “Diálogos da Colecção”, Instituto Camões (Vigo, Galiza); "Novas Aquisições - Coleção Gilberto Chateaubriand 2007-2010", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; "Arte Pará", Museu Histórico do Pará (Belém, PA); e o individual "Mergulho", Galería Portas Vilaseca; "Plano Imaginário", Galeria Virgílio (São Paulo); “O espaço que se move”, Estúdio X, Rio de Janeiro; “Paisagens Possíveis”, Galeria Artur Fidalgo, entre outros.  

Outros artistas de renome mundial cujas obras participaram da ArtRio 2021 e que merecem destaque são:

Miguel Rio Branco, Fotógrafa brasileira representada pela galeria Silvia Cintra + Box 4, Rio de Janeiro; Leandro Erlich, artista conceitual argentino, representado pela galeria Luciana Brito, de São Paulo; Vik Muniz, Artista plástica e fotógrafa brasileira, representada pela galeria Nara Roesler, Rio de Janeiro / São Paulo / Nova York.
A galeria Paulo Kuczynski em São Paulo expôs obras de três renomados representantes do modernismo brasileiro do século XNUMX: Candido Portinari, Tarsila do Amaral y Emiliano Di Cavalcanti.
Por sua vez, a galeria paulista Frente apresentou em seu estande ArtRio 2021, obras do arquiteto, paisagista, ceramista e pintor brasileiro. Roberto Burle Marx. As galerias Mercedes Viegas e Mul.ti.plo Espacio de Arte, ambas sediadas no Rio de Janeiro, colocam à venda obras do argentino Leon ferrari.  

- Lista Completa das Galerias de Arte que participaram da ArtRio 2021
- Almeida & Dale Art Gallery - São Paulo
- Thebaldi Galeria Warehouse - Rio de Janeiro
- Galeria de Arte Anita Schwartz - Rio de Janeiro
- Aura | Bailune Biancheri - São Paulo
- Bianca Boeckel - São Paulo
- Bordalo - Portugal
- C. Gallery - Rio de Janeiro
- Galeria Carbono - São Paulo
- Carcará - São Paulo
- Triângulo House - São Paulo
- Galeria Cássia Bomeny - Rio de Janeiro
- Galeria Central - São Paulo
- Danielian Galeria - Rio de Janeiro
- Folio Livraria - São Paulo
- Fortes D'Aloia & Gabriel - São Paulo / Rio de Janeiro
- Gaby Índio da Costa Arte Contemporânea - Rio de Janeiro
- Galeria Athena - Rio de Janeiro
- Galeria de Arte Ipanema - Rio de Janeiro
- Galeria Base - São Paulo
- Weather Gallery - Brasília, Miami, Porto Alegre e Rio de Janeiro-
- Galeria Estação - São Paulo
- Galeria Frontal - São Paulo
- Galeria Inox - Rio de Janeiro
- Galeria Karla Osorio - Brasília
- Galeria Lume - São Paulo
- Galeria de Mapas - São Paulo
- Galeria Millan - São Paulo
- Galeria Movimento - Rio de Janeiro
- Galleria Continua - San Gimignano, Itália
- Gustavo Rebello Arte - Rio de Janeiro
- Galeria Janaína Torres - São Paulo
- Galeria Luciana Brito - São Paulo
- Galeria de Arte Luis Maluf - São Paulo
- Lurixs: Arte Contemporânea - Rio de Janeiro
- Galeria de Arte Marcia Barrozo do Amaral - Rio de Janeiro
- Martha Pagy Escritorio de Arte - Rio de Janeiro
- Matias Brotas Arte Contemporânea - Vitória
- Mendes Wood DM - São Paulo
- Arte Contemporânea Mercedes Viegas - Rio de Janeiro
- Agência Metaverso - Rio de Janeiro e São Paulo
- Mul.ti.plo Espaço Arte - Rio de Janeiro
- Nara Roesler - São Paulo / Rio de Janeiro / Nova York
- Galeria OMA - São Bernardo do Campo
- Paulo Kuczynski Escritorio de Arte - São Paulo
- Pinakotheke - Rio de Janeiro / São Paulo / Fortaleza
- Galeria Portas Vilaseca - Rio de Janeiro
- Quadra - Rio de Janeiro
- Rafael Moraes - São Paulo
- Galeria Ronie Mesquita - Rio de Janeiro
- RV Cultura e Arte - Salvador
- Be Gallery - São Paulo
- Silvia Cintra + Box 4 - Rio de Janeiro
- Galeria de Arte Simões de Assis - Curitiba
- Simone Cadinelli Arte Contemporânea - Rio de Janeiro
- Galeria SOMA - Curitiba
- Vermelho - São Paulo
- Verve - São Paulo
- Galeria Zipper - São Paulo

Notas:
-1 Duarte, Luísa. Sobre ou obra de Flávia Junqueira
-2 Entrevista com MacMasters. “Bosco Sodi aborda a escultura com pedras vulcânicas na exposição Omni”. Jornal La Jornada. Seção de cultura. Cidade do México. 26 de maio de 2013, p.6  

Bibliografia:
Galeria Zipper: Flávia Junqueira
Duarte, Luísa. "Sobre o trabalho de Flávia Junqueira"
Portfólio de Luis Escañuela na Galeria de Arte Luis Maluf
Entrevista com Mac Masters, Merry. “Bosco Sodi aborda a escultura com pedras vulcânicas na exposição Omni”. Jornal La Jornada. Seção de Cultura. Cidade do México. 26 de maio de 2013, p.6
Bosco Sodi na Galeria de Arte Luciana Brito
Site de Bosco Sodi: Bio | boscodi
Ivan Navarro: Site Blombô
Ivan Navarro: Site da Artnet
Iván Navarro. Galeria Luciana Brito
Georgia kyriakakis web site
Georgia kyriakakis. Galeria Raquel Arnaud
Georgia kyriakakis. Galeria do tempo
Débora Engel. Galeria Portas Vilaseca
Débora Engel. Galeria de Carbono

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